CID10 – G442 – Cefaléia tensional

Cefaléia tensional

CID-10 G44.2 – Cefaleia Tensional: Causas, Sintomas e Tratamentos

A cefaleia tensional é o tipo mais comum de dor de cabeça e pode afetar a qualidade de vida de milhões de pessoas em todo o mundo. Classificada no CID-10 G44.2, essa condição é caracterizada por uma dor de intensidade leve a moderada, geralmente descrita como uma pressão ou aperto ao redor da cabeça.

Neste artigo, exploramos o que é a cefaleia tensional, suas causas, sintomas, formas de diagnóstico e as melhores estratégias de tratamento e prevenção.

O que é a Cefaleia Tensional (CID-10 G44.2)?

A cefaleia tensional é um tipo de dor de cabeça causada por tensão muscular na região da cabeça, pescoço e ombros. Diferente da enxaqueca, que pode estar associada a sintomas como náuseas e sensibilidade à luz, a cefaleia tensional é caracterizada por uma dor contínua e opressiva, sem pulsação e sem agravamento com atividades físicas.

Essa condição pode ser classificada em duas formas principais:

Cefaleia Tensional Episódica – ocorre ocasionalmente, podendo durar de 30 minutos a vários dias.
Cefaleia Tensional Crônica – acontece por mais de 15 dias no mês, podendo persistir por anos, impactando significativamente a qualidade de vida.

Principais Causas da Cefaleia Tensional

A cefaleia tensional pode ter diversas causas e fatores desencadeantes, incluindo:

🔹 Estresse e ansiedade – Emoções intensas e preocupação excessiva podem causar tensão muscular na região do pescoço e da cabeça.
🔹 Má postura – Permanecer por longos períodos em posições inadequadas pode causar sobrecarga muscular.
🔹 Fadiga ocular – Passar muitas horas em frente a telas sem pausas adequadas pode contribuir para o problema.
🔹 Sono inadequado – Privação do sono ou baixa qualidade do descanso noturno podem desencadear dores de cabeça.
🔹 Tensão muscular – Contração prolongada dos músculos do pescoço e ombros devido a estresse ou esforço físico repetitivo.
🔹 Alimentação inadequada – Pular refeições ou consumir alimentos ricos em cafeína e açúcar pode piorar a condição.
🔹 Desidratação – A baixa ingestão de líquidos pode ser um gatilho para dores de cabeça frequentes.

Sintomas da Cefaleia Tensional

Os principais sintomas da cefaleia tensional incluem:

Dor em pressão ou aperto – Sensação de faixa apertando a cabeça, geralmente dos dois lados.
Dor difusa e constante – Ao contrário da enxaqueca, que é pulsante e localizada, a cefaleia tensional não apresenta pontadas.
Sensação de peso na cabeça – Muitas pessoas relatam um peso na testa, têmporas ou na nuca.
Tensão muscular – Pode haver rigidez nos músculos do pescoço e dos ombros.
Cansaço mental – Dificuldade de concentração e sensação de fadiga.
Ausência de sintomas neurológicos – Diferente da enxaqueca, a cefaleia tensional não causa náuseas, vômitos, aura visual ou sensibilidade extrema à luz e sons.

Diagnóstico da Cefaleia Tensional (CID G44.2)

O diagnóstico da cefaleia tensional é feito com base no histórico clínico do paciente e exame físico. Não há exames específicos para confirmar essa condição, mas o médico pode solicitar alguns testes para excluir outras causas, como:

📌 Ressonância magnética ou tomografia do crânio – Para descartar problemas estruturais no cérebro.
📌 Eletromiografia – Avalia a tensão muscular na região da cabeça e pescoço.
📌 Exames laboratoriais – Investigam deficiências nutricionais ou alterações metabólicas que possam causar cefaleia.

Tratamentos para Cefaleia Tensional

O tratamento da cefaleia tensional pode incluir medicações, mudanças no estilo de vida e terapias alternativas. As principais abordagens são:

1. Uso de Medicamentos

💊 Analgésicos comuns: Paracetamol, dipirona e ibuprofeno são frequentemente utilizados para aliviar crises leves.
💊 Relaxantes musculares: Em casos de tensão excessiva, podem ajudar a reduzir a contração dos músculos do pescoço e ombros.
💊 Antidepressivos e ansiolíticos: Para pacientes com cefaleia tensional crônica associada a estresse e ansiedade, o médico pode prescrever antidepressivos tricíclicos (como a amitriptilina) ou inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS).
💊 Bloqueios musculares: Aplicação de toxina botulínica pode ser uma opção para casos graves e persistentes.

A automedicação deve ser evitada! O uso excessivo de analgésicos pode levar à cefaleia rebote, tornando a dor ainda mais frequente e difícil de tratar.

2. Mudanças no Estilo de Vida

Praticar atividades físicas regularmente – Exercícios ajudam a reduzir o estresse e melhorar a circulação sanguínea.
Ter uma boa higiene do sono – Dormir pelo menos 7-9 horas por noite é essencial para reduzir a tensão muscular.
Evitar longos períodos em frente a telas – Fazer pausas regulares reduz o esforço ocular e a sobrecarga na cabeça.
Manter uma postura correta – Sentar-se adequadamente ao trabalhar e evitar inclinar a cabeça para frente por longos períodos.
Reduzir o consumo de cafeína e álcool – Essas substâncias podem agravar a dor de cabeça em algumas pessoas.

3. Terapias Alternativas e Complementares

🌿 Acupuntura: Ajuda a reduzir a frequência e intensidade das crises.
🌿 Massagem terapêutica: Alivia a tensão muscular no pescoço e ombros.
🌿 Fisioterapia: Técnicas específicas ajudam a corrigir postura e reduzir a sobrecarga muscular.
🌿 Terapia cognitivo-comportamental (TCC): Auxilia no controle do estresse e ansiedade.
🌿 Relaxamento e meditação: Técnicas como ioga e mindfulness são eficazes na redução do estresse.

Quando Procurar um Médico?

Embora a cefaleia tensional seja comum, é importante buscar atendimento médico se:

⚠ A dor for intensa e incapacitante.
⚠ A cefaleia persistir por mais de 15 dias no mês.
⚠ Houve mudança repentina no padrão da dor.
⚠ A cefaleia estiver associada a sintomas como confusão, febre, dormência ou dificuldade de fala.

Esses sinais podem indicar problemas neurológicos mais graves que exigem avaliação urgente.

Conclusão

A cefaleia tensional (CID-10 G44.2) é um problema comum que pode impactar a rotina diária, mas pode ser controlada com o tratamento adequado e mudanças no estilo de vida.

Se você sofre com dores de cabeça frequentes, procurar um médico para uma avaliação detalhada é essencial para encontrar a melhor abordagem terapêutica e melhorar sua qualidade de vida.

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O que é o CID-10?

O CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde) é uma ferramenta crucial para profissionais de saúde e epidemiologistas em todo o mundo. Desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o CID-10 desempenha um papel fundamental na monitorização e análise da incidência e prevalência de doenças, bem como na compreensão das tendências de saúde globais.

Esta classificação abrangente e universaliza padrões para a categorização de uma vasta gama de condições médicas, incluindo doenças, problemas de saúde pública, sinais e sintomas, causas externas de lesões e circunstâncias sociais. Ao estabelecer uma linguagem comum e uma estrutura padronizada, o CID-10 facilita a comunicação entre profissionais de saúde em diferentes regiões e permite a comparação consistente de dados epidemiológicos em escala global.

Ao utilizar o CID-10, os profissionais de saúde podem identificar com precisão as condições médicas, acompanhar sua prevalência ao longo do tempo e avaliar o impacto de intervenções de saúde pública. Além disso, o CID-10 desempenha um papel essencial na pesquisa clínica, na formulação de políticas de saúde e na alocação eficaz de recursos para atender às necessidades de saúde da população.

Em resumo, o CID-10 é uma ferramenta indispensável para a análise e monitorização da saúde mundial, fornecendo insights valiosos que ajudam a orientar ações e estratégias para promover o bem-estar das comunidades em todo o mundo.


Confira abaixo a classificação do CID-10 por capitulos.

Capítulo Descrição Códigos da CID-10
Fonte: CID-10

Notas:

As lesões e envenenamentos (capítulo XIX) admitem dupla classificação: pela natureza da lesão (causas S00-T98) ou pela causa externa (causas V01 a Y98). Para morbidade, admite-se o uso por ambas as classificações. O SIH/SUS, em sua regulamentação, indica o uso do capítulo XIX como diagnóstico primário e o capítulo XX como diagnóstico secundário, quando possível.

Durante os primeiros meses de implantação da CID-10, foi admitido o uso do código U99 - CID 10ª Revisão não disponível, por dificuldades no treinamento e distribuição do material; assim, nesse período, deve ser considerada a existência de internações com diagnóstico não identificado.

I Algumas doenças infecciosas e parasitárias A00-B99
II Neoplasmas [tumores] C00-D48
III Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários D50-D89
IV Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas E00-E90
V Transtornos mentais e comportamentais F00-F99
VI Doenças do sistema nervoso G00-G99
VII Doenças do olho e anexos H00-H59
VIII Doenças do ouvido e da apófise mastóide H60-H95
IX Doenças do aparelho circulatório I00-I99
X Doenças do aparelho respiratório J00-J99
XI Doenças do aparelho digestivo K00-K93
XII Doenças da pele e do tecido subcutâneo L00-L99
XIII Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo M00-M99
XIV Doenças do aparelho geniturinário N00-N99
XV Gravidez, parto e puerpério O00-O99
XVI Algumas afecções originadas no período perinatal P00-P96
XVII Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas Q00-Q99
XVIII Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte R00-R99
XIX Lesões, envenenamentos e algumas outras conseqüências de causas externas S00-T98
XX Causas externas de morbidade e de mortalidade V01-Y98
XXI Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com os serviços de saúde Z00-Z99
** CID 10ª Revisão não disponível ou não preenchido ou inválido U99, em branco ou inválido

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