Mialgia
A dor muscular, conhecida como mialgia, é um problema comum que pode afetar qualquer pessoa, independentemente da idade ou estilo de vida. O CID-10 M791 é o código utilizado pela Classificação Internacional de Doenças (CID-10)para identificar dores musculares não especificadas.
Se você já sentiu dor, fadiga ou rigidez nos músculos sem uma causa aparente, este artigo vai te ajudar a entender melhor o que é a mialgia, quais são suas possíveis causas e como tratá-la para melhorar sua qualidade de vida.
O código M791 refere-se à mialgia não especificada, ou seja, dor muscular cuja causa exata ainda não foi identificada. Esse diagnóstico pode ser usado para descrever diferentes tipos de dores musculares que não estão relacionadas a uma lesão específica, inflamação diagnosticada ou doença subjacente já identificada.
A mialgia pode ser localizada, afetando um músculo ou grupo muscular específico, ou generalizada, quando várias áreas do corpo apresentam dor. Dependendo da intensidade e da frequência da dor, ela pode impactar a rotina diária e limitar os movimentos.
A dor muscular pode ter diversas origens, desde causas simples e passageiras até condições mais complexas. Algumas das principais razões para a mialgia incluem:
🔹 Esforço físico excessivo – exercícios intensos podem causar fadiga muscular e dores por até 72 horas (conhecidas como dores musculares tardias)
🔹 Estresse e tensão emocional – o estresse pode levar à contração involuntária dos músculos, causando dor e rigidez
🔹 Postura inadequada – manter uma má postura por longos períodos pode gerar tensão muscular e dores persistentes
🔹 Infecções virais ou bacterianas – gripes, dengue, chikungunya e outras viroses frequentemente causam dores musculares
🔹 Falta de alongamento e aquecimento – músculos não preparados para a atividade física podem sofrer microlesões
🔹 Uso prolongado de determinados medicamentos – alguns remédios, como estatinas (para colesterol), podem ter como efeito colateral a dor muscular
🔹 Deficiências nutricionais – falta de vitaminas e minerais, como magnésio e potássio, pode causar cãibras e dores musculares
Se a mialgia for recorrente, intensa ou acompanhada de outros sintomas, como febre, fadiga extrema ou inchaço, é fundamental buscar avaliação médica para um diagnóstico mais preciso.
A mialgia pode se manifestar de diferentes formas, dependendo da causa e do grau de intensidade. Os sintomas mais frequentes incluem:
✔ Dor muscular localizada ou generalizada
✔ Sensação de peso ou rigidez nos músculos
✔ Fadiga muscular, mesmo sem esforço intenso
✔ Dificuldade de movimentação devido à dor
✔ Sensibilidade ao toque na região afetada
✔ Espasmos ou contrações involuntárias dos músculos
Se os sintomas forem persistentes e afetarem a qualidade de vida, um médico poderá solicitar exames para investigar possíveis causas mais graves, como doenças reumatológicas ou neuromusculares.
O diagnóstico da mialgia é clínico, baseado nos sintomas e no histórico do paciente. O médico pode solicitar exames complementares para descartar outras condições associadas, como:
🩺 Exames de sangue – para verificar possíveis infecções, inflamações ou deficiências nutricionais
🩺 Ressonância magnética ou ultrassonografia – para avaliar a estrutura muscular e descartar lesões ou inflamações mais graves
🩺 Eletromiografia – se houver suspeita de problemas neuromusculares associados
Caso a mialgia seja persistente e sem causa aparente, o especialista pode encaminhar o paciente para um reumatologista, fisioterapeuta ou neurologista para uma investigação mais detalhada.
O tratamento para mialgia depende da sua causa. Se a dor for ocasional e leve, medidas simples podem ajudar no alívio. Nos casos mais persistentes, pode ser necessário um acompanhamento especializado. Veja algumas abordagens eficazes:
🔹 Repouso e recuperação muscular – evitar esforço excessivo ajuda na regeneração dos músculos
🔹 Compressas mornas ou frias – calor relaxa os músculos e melhora a circulação; gelo reduz inflamação e dor
🔹 Massagens e fisioterapia – ajudam a aliviar a tensão e melhorar a circulação sanguínea
🔹 Alongamento e exercícios leves – atividades como ioga e pilates ajudam na recuperação e prevenção das dores
🔹 Uso de medicamentos – analgésicos e relaxantes musculares podem ser recomendados pelo médico em casos de dor intensa
🔹 Suplementação – em casos de deficiência de magnésio ou outros minerais, suplementos podem ser indicados
🔹 Terapias alternativas – acupuntura, quiropraxia e técnicas de relaxamento podem auxiliar no alívio da dor crônica
Algumas mudanças no dia a dia podem reduzir as chances de desenvolver dores musculares frequentes:
✔ Pratique exercícios regularmente, mas sem exageros
✔ Mantenha uma boa postura, principalmente ao trabalhar ou usar o celular
✔ Beba bastante água para evitar desidratação muscular
✔ Alimente-se bem, garantindo a ingestão de proteínas, vitaminas e minerais essenciais
✔ Faça pausas durante o trabalho, especialmente se ficar muitas horas sentado
✔ Evite estresse excessivo, pois ele pode gerar tensão muscular involuntária
O CID-10 M791 – Mialgia é utilizado para descrever casos de dor muscular sem causa específica identificada. Embora na maioria das vezes seja um problema passageiro e sem gravidade, a mialgia pode afetar a qualidade de vida quando se torna frequente ou intensa.
Se você sente dores musculares constantes, procure um profissional de saúde para investigar a causa e encontrar o melhor tratamento. E lembre-se: hábitos saudáveis são a melhor forma de prevenção!
Gostou deste conteúdo? Compartilhe com outras pessoas e continue acompanhando nosso blog para mais informações sobre saúde e bem-estar!
O CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde) é uma ferramenta crucial para profissionais de saúde e epidemiologistas em todo o mundo. Desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o CID-10
desempenha um papel fundamental na monitorização e análise da incidência e prevalência de doenças, bem como na compreensão das tendências de saúde globais.
Esta classificação abrangente e universaliza padrões para a categorização de uma vasta gama de condições médicas, incluindo doenças, problemas de saúde pública, sinais e sintomas, causas externas de lesões e circunstâncias sociais.
Ao estabelecer uma linguagem comum e uma estrutura padronizada, o CID-10 facilita a comunicação entre profissionais de saúde em diferentes regiões e permite a comparação consistente de dados epidemiológicos em escala global.
Ao utilizar o CID-10, os profissionais de saúde podem identificar com precisão as condições médicas, acompanhar sua prevalência ao longo do tempo e avaliar o impacto de intervenções de saúde pública. Além disso, o CID-10 desempenha
um papel essencial na pesquisa clínica, na formulação de políticas de saúde e na alocação eficaz de recursos para atender às necessidades de saúde da população.
Em resumo, o CID-10 é uma ferramenta indispensável para a análise e monitorização da saúde mundial, fornecendo insights valiosos que ajudam a orientar ações e estratégias para promover o bem-estar das comunidades em todo o mundo.
| Capítulo | Descrição | Códigos da CID-10 |
| Fonte: CID-10
Notas: As lesões e envenenamentos (capítulo XIX) admitem dupla classificação: pela natureza da lesão (causas S00-T98) ou pela causa externa (causas V01 a Y98). Para morbidade, admite-se o uso por ambas as classificações. O SIH/SUS, em sua regulamentação, indica o uso do capítulo XIX como diagnóstico primário e o capítulo XX como diagnóstico secundário, quando possível. Durante os primeiros meses de implantação da CID-10, foi admitido o uso do código U99 - CID 10ª Revisão não disponível, por dificuldades no treinamento e distribuição do material; assim, nesse período, deve ser considerada a existência de internações com diagnóstico não identificado. |
||
| I | Algumas doenças infecciosas e parasitárias | A00-B99 |
| II | Neoplasmas [tumores] | C00-D48 |
| III | Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários | D50-D89 |
| IV | Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas | E00-E90 |
| V | Transtornos mentais e comportamentais | F00-F99 |
| VI | Doenças do sistema nervoso | G00-G99 |
| VII | Doenças do olho e anexos | H00-H59 |
| VIII | Doenças do ouvido e da apófise mastóide | H60-H95 |
| IX | Doenças do aparelho circulatório | I00-I99 |
| X | Doenças do aparelho respiratório | J00-J99 |
| XI | Doenças do aparelho digestivo | K00-K93 |
| XII | Doenças da pele e do tecido subcutâneo | L00-L99 |
| XIII | Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo | M00-M99 |
| XIV | Doenças do aparelho geniturinário | N00-N99 |
| XV | Gravidez, parto e puerpério | O00-O99 |
| XVI | Algumas afecções originadas no período perinatal | P00-P96 |
| XVII | Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas | Q00-Q99 |
| XVIII | Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte | R00-R99 |
| XIX | Lesões, envenenamentos e algumas outras conseqüências de causas externas | S00-T98 |
| XX | Causas externas de morbidade e de mortalidade | V01-Y98 |
| XXI | Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com os serviços de saúde | Z00-Z99 |
| ** | CID 10ª Revisão não disponível ou não preenchido ou inválido | U99, em branco ou inválido |
Médica formada pela UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), em Santa Maria/RS em 2007, com CRM/SC 20440. Cirurgiã Geral com residência médica no Hospital Nossa Senhora da Conceição em Porto Alegre/RS (RQE 11728) e Cirurgiã Plástica com residência médica no Hospital Ipiranga, em São Paulo/SP com RQE 11729. Além de especialista pelo MEC e pela Associação Médica Brasileira, é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
LinkedinExperimente Grátis agora, sem a necessidade de informar dados do cartão de crédito.