CID10 – N110 – Pielonefrite não-obstrutiva crônica associada a refluxo

Pielonefrite não-obstrutiva crônica associada a refluxo

CID-10 N11.0 – Pielonefrite Não-Obstrutiva Crônica Associada a Refluxo: Causas, Sintomas e Tratamentos

A pielonefrite crônica é uma infecção renal persistente que pode levar a complicações graves se não for tratada corretamente. Quando essa condição está associada ao refluxo vesicoureteral (RVU), recebe a classificação CID-10 N11.0 – Pielonefrite Não-Obstrutiva Crônica Associada a Refluxo.

Neste artigo, vamos abordar o que significa essa condição, quais são suas causas, sintomas, formas de diagnóstico e os melhores tratamentos disponíveis.

O que é a Pielonefrite Não-Obstrutiva Crônica Associada a Refluxo?

A pielonefrite crônica é uma infecção recorrente nos rins que pode causar inflamação progressiva e cicatrizes renais. Quando essa infecção ocorre devido ao refluxo vesicoureteral (RVU) – condição na qual a urina retorna dos ureteres para os rins – a doença é classificada com o código CID-10 N11.0.

Esse tipo de pielonefrite ocorre sem obstrução física, ou seja, não há cálculos renais ou outras barreiras mecânicas impedindo o fluxo urinário. O problema está na regurgitação da urina, que facilita a entrada de bactérias nos rins e aumenta o risco de infecção crônica.

Causas da Pielonefrite Crônica Associada ao Refluxo

A principal causa dessa condição é o refluxo vesicoureteral (RVU), que pode ser congênito (presente desde o nascimento) ou adquirido ao longo da vida. O RVU ocorre devido a um defeito na junção entre os ureteres e a bexiga, permitindo que a urina retorne para os rins em vez de ser eliminada corretamente.

Outros fatores que podem contribuir para a pielonefrite crônica incluem:

Infecções urinárias recorrentes (especialmente em crianças e mulheres).
Anormalidades congênitas do trato urinário.
Disfunções na bexiga, como bexiga neurogênica.
Uso prolongado de cateter urinário.

Se não for tratada adequadamente, essa condição pode levar à insuficiência renal crônica, tornando essencial o diagnóstico e o tratamento precoce.

Principais Sintomas da Pielonefrite Crônica (CID N11.0)

Os sintomas da pielonefrite crônica podem variar conforme o estágio da doença. Muitas vezes, a condição evolui de forma silenciosa, sem sinais evidentes. No entanto, alguns sintomas comuns incluem:

🔹 Dor lombar ou dor no flanco, geralmente em um dos lados do corpo.
🔹 Febre e calafrios, em casos de infecção ativa.
🔹 Vontade frequente de urinar, mesmo eliminando pouca urina.
🔹 Dor ou ardência ao urinar.
🔹 Urina com cheiro forte e cor turva.
🔹 Presença de sangue na urina (hematúria).
🔹 Fadiga e fraqueza, em casos mais avançados.

Em crianças, a pielonefrite crônica pode se manifestar com sintomas inespecíficos, como baixo ganho de peso, irritabilidade e episódios frequentes de infecção urinária.

Diagnóstico da Pielonefrite Não-Obstrutiva Crônica

Para confirmar o diagnóstico do CID-10 N11.0, o médico pode solicitar diversos exames, como:

📌 Exames de urina – Identificam sinais de infecção, presença de leucócitos e bactérias.
📌 Urocultura – Determina qual bactéria está causando a infecção e qual antibiótico é mais eficaz.
📌 Ultrassonografia renal – Avalia inflamação, cicatrizes nos rins e possíveis alterações anatômicas.
📌 Uretrocistografia miccional – Exame específico para detectar refluxo vesicoureteral.
📌 Cintilografia renal – Mede a função renal e identifica cicatrizes nos rins.
📌 Tomografia computadorizada – Em casos mais complexos, pode fornecer imagens detalhadas dos rins e vias urinárias.

A combinação desses exames permite um diagnóstico preciso e a definição do tratamento mais adequado para cada paciente.

Tratamento da Pielonefrite Crônica Associada a Refluxo

O tratamento da pielonefrite crônica depende da gravidade da infecção, da presença de cicatrizes renais e da função renal do paciente. As principais abordagens incluem:

1. Uso de Antibióticos

💊 Infecções ativas devem ser tratadas com antibióticos específicos, prescritos conforme os resultados da urocultura.
💊 Em alguns casos, o médico pode recomendar o uso contínuo de antibióticos em doses baixas para prevenir novas infecções.

2. Controle do Refluxo Vesicoureteral

Casos leves de RVU: Muitas vezes, o refluxo desaparece sozinho durante a infância. Nestes casos, a conduta pode ser apenas acompanhamento clínico.
Casos moderados e graves: Pode ser necessário tratamento cirúrgico para corrigir o refluxo e evitar complicações futuras.

3. Alterações no Estilo de Vida

✔ Aumentar a ingestão de água para ajudar a eliminar bactérias do trato urinário.
✔ Urinar regularmente para evitar o acúmulo de urina na bexiga.
✔ Evitar substâncias irritantes, como café e bebidas alcoólicas, que podem piorar os sintomas urinários.

4. Cirurgia (Quando Necessário)

Em casos graves de RVU, pode ser indicada uma cirurgia corretiva para impedir que a urina retorne aos rins. O procedimento mais comum é a reimplantação ureteral, que ajusta a junção entre os ureteres e a bexiga.

5. Monitoramento da Função Renal

Pacientes com pielonefrite crônica devem fazer acompanhamento médico regular para avaliar a função dos rins e prevenir complicações, como hipertensão e insuficiência renal crônica.

Possíveis Complicações da Pielonefrite Crônica

Se não tratada adequadamente, a pielonefrite crônica associada a refluxo pode levar a problemas sérios, incluindo:

Cicatrizes renais permanentes.
Hipertensão arterial secundária.
Insuficiência renal crônica, exigindo diálise ou transplante renal.
Infecção generalizada (sepse), em casos graves de infecção ativa.

Por isso, o acompanhamento médico é fundamental para garantir que a doença seja controlada e não evolua para estágios mais graves.

Conclusão

A pielonefrite não-obstrutiva crônica associada a refluxo (CID-10 N11.0) é uma condição séria que requer atenção médica contínua. O refluxo de urina para os rins aumenta o risco de infecções recorrentes, podendo levar a cicatrizes renais permanentes e, em casos graves, à insuficiência renal.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para evitar complicações. Se você ou alguém que conhece apresenta infecções urinárias frequentes, dor lombar ou outros sintomas descritos, procure um médico para avaliação.

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O que é o CID-10?

O CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde) é uma ferramenta crucial para profissionais de saúde e epidemiologistas em todo o mundo. Desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o CID-10 desempenha um papel fundamental na monitorização e análise da incidência e prevalência de doenças, bem como na compreensão das tendências de saúde globais.

Esta classificação abrangente e universaliza padrões para a categorização de uma vasta gama de condições médicas, incluindo doenças, problemas de saúde pública, sinais e sintomas, causas externas de lesões e circunstâncias sociais. Ao estabelecer uma linguagem comum e uma estrutura padronizada, o CID-10 facilita a comunicação entre profissionais de saúde em diferentes regiões e permite a comparação consistente de dados epidemiológicos em escala global.

Ao utilizar o CID-10, os profissionais de saúde podem identificar com precisão as condições médicas, acompanhar sua prevalência ao longo do tempo e avaliar o impacto de intervenções de saúde pública. Além disso, o CID-10 desempenha um papel essencial na pesquisa clínica, na formulação de políticas de saúde e na alocação eficaz de recursos para atender às necessidades de saúde da população.

Em resumo, o CID-10 é uma ferramenta indispensável para a análise e monitorização da saúde mundial, fornecendo insights valiosos que ajudam a orientar ações e estratégias para promover o bem-estar das comunidades em todo o mundo.


Confira abaixo a classificação do CID-10 por capitulos.

Capítulo Descrição Códigos da CID-10
Fonte: CID-10

Notas:

As lesões e envenenamentos (capítulo XIX) admitem dupla classificação: pela natureza da lesão (causas S00-T98) ou pela causa externa (causas V01 a Y98). Para morbidade, admite-se o uso por ambas as classificações. O SIH/SUS, em sua regulamentação, indica o uso do capítulo XIX como diagnóstico primário e o capítulo XX como diagnóstico secundário, quando possível.

Durante os primeiros meses de implantação da CID-10, foi admitido o uso do código U99 - CID 10ª Revisão não disponível, por dificuldades no treinamento e distribuição do material; assim, nesse período, deve ser considerada a existência de internações com diagnóstico não identificado.

I Algumas doenças infecciosas e parasitárias A00-B99
II Neoplasmas [tumores] C00-D48
III Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários D50-D89
IV Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas E00-E90
V Transtornos mentais e comportamentais F00-F99
VI Doenças do sistema nervoso G00-G99
VII Doenças do olho e anexos H00-H59
VIII Doenças do ouvido e da apófise mastóide H60-H95
IX Doenças do aparelho circulatório I00-I99
X Doenças do aparelho respiratório J00-J99
XI Doenças do aparelho digestivo K00-K93
XII Doenças da pele e do tecido subcutâneo L00-L99
XIII Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo M00-M99
XIV Doenças do aparelho geniturinário N00-N99
XV Gravidez, parto e puerpério O00-O99
XVI Algumas afecções originadas no período perinatal P00-P96
XVII Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas Q00-Q99
XVIII Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte R00-R99
XIX Lesões, envenenamentos e algumas outras conseqüências de causas externas S00-T98
XX Causas externas de morbidade e de mortalidade V01-Y98
XXI Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com os serviços de saúde Z00-Z99
** CID 10ª Revisão não disponível ou não preenchido ou inválido U99, em branco ou inválido

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